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TRABALHO

Nem Toda Atividade é uma Oferenda ao Divino

por Ramesh Bijlani

Trabalhar para o Divino é orar com o corpo.

– A Mãe

Todos devem trabalhar, essa é a ordem emitida por Sri Krishna no Gita (3:20-22). Para dar o exemplo, Ele também trabalha mesmo sem precisar. Isso não significa automaticamente que toda atividade seja uma oferenda ao Divino. O que torna uma atividade uma oferenda ao Divino é a atitude e o espírito com que ela é realizada. Torna-se uma oferenda quando é feita com a atitude de não ser o criador, mas simplesmente um instrumento do Divino. Sendo que o Divino não tem escassez de instrumentos nem pressa, ser escolhido como instrumento é um privilégio. À medida que trabalhamos, é bom lembrar que a capacidade de realizar a atividade nos foi dada pelo Divino, as circunstâncias que aperfeiçoaram a habilidade foram criadas pelo Divino, e a oportunidade de usar a habilidade para a atividade também foi dada a nós pelo Divino. Toda atividade é iniciada, sustentada e concretizada pelo Divino. Portanto, deve ser oferecida ao Divino. E, ainda que um resultado específico possa ser esperado, não se deve insistir nem ficar apegado a esse resultado. Na verdade, não se deve nem ficar apegado à atividade. É bom ser um instrumento sincero e disposto do Divino, mas também é preciso estar preparado para renunciar quando isso não for mais necessário. A Divindade reserva-se o direito de julgar por quanto tempo um instrumento é necessário e decidir quando é hora de adquirir um novo modelo. Porém, toda atividade deve ser feita com o coração e a alma porque, em primeiro lugar, é um privilégio ser escolhido como instrumento da Divindade e, em segundo lugar, a atividade deve ser adequada para ser oferecida à Divindade. É essa atitude que transforma toda atividade em karma yoga. E, desta forma, toda atividade realizada com esta atitude torna-se uma oferenda ao Divino.

Traduzido por NB Traduções.

(Ensaios relacionados: Gita, Karma yoga, Oração, Adoração)